Plástica abdominal (pós-bariátrica)

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A obesidade é um problema sério de saúde pública e é tão preocupante quanto a fome. As doenças associadas (comorbidades) ao excesso de peso tipo hipertensão, diabetes, acidente vascular cerebral, artrose, infarto e muitas outras são doenças sérias e de difícil tratamento e de alto custo. Por isso atualmente a obesidade tem sido tratada de forma mais agressiva, através de cirurgia no trato digestivo para alterar a absorção dos alimentos e diminuir a complacência gástrica pela sua diminuição mecânica. Uma vez tratado a obesidade, após grande perda de peso, surge um outro problema, o excesso de pele. Vamos tratar desse assunto agora com a pretensão de ser o mais esclarecedor possível.

Diferentemente da flacidez cutânea e frouxidão muscular que ocorre em mulheres após uma gestação, a repercussão de grandes emagrecimentos é bem maior. Pode ser associado à anemia, deficiência vitamínica, hipoproteinemia, etc. O excesso de pele não se limita ao abdômen anterior como em uma gestação, mas afeta todo o corpo, incluindo os flancos, o dorso, o tórax, púbis, etc. Toda essa pele acaba gerando um incômodo e por vezes infecções cutâneas fúngicas (intertrigo). Em suma, a resolução do problema demanda abordagens cirúrgicas maiores em pacientes com restrições causadas pelo déficit nutricional.

Uma abordagem tradicional é insuficiente para resolver o problema na grande maioria das vezes. Algumas variações técnicas necessitam ser empregadas. A tradicional plástica de abdômen é ampliada, a ressecção de pele é feita em outros planos. Quando a resseção é longitudinal, chamamos de âncora e quando é ampliada por todo o dorso chamamos de circunferencial. Outras variantes também podem ser associadas como a ressecção do excesso de pele sobre o púbis (pubectomia) e reconstruçãodo umbigo (onfaloplastia).

O outro fator que tem que ser considerado além do planejamento cirúrgico é a avaliação pré-operatória. A anemia, se houver, tem que ser corrigida, e todos ou demais parâmetros normalizados.

Indicação

Esta cirurgia está indicada para pacientes que tenham o peso estabilizado, o que em média demora mais de um ano após a cirurgia bariátrica. É uma complementação do tratamento da obesidades tanto que os planos de saúde se propõe a pagar uma dermolipectomia abdominal simples. O problema é que dificilmente o problema do paciente vai ser resolvido com uma simples dermolipectomia. Este público resgatou a autoestima e demanda uma cirurgia que resolva o seu problema e não simplesmente tire o avental de pele que ficas sobre as coxas. O plano de saúde se limita a esta proposta, e isso tem que ser esclarecido aos pacientes.

Importante destacar que esta cirurgia está indicada para indivíduos de peso normal, estabilizado. O paciente pós-bariátrico perde muito peso e muito rapidamente. Ocorre um reganho de peso que é natural e aproximadamente após um ano da cirurgia já pode se submeter a uma cirurgia plástica.

Recuperação

A alta hospitalar é normalmente no dia seguinte a cirurgia. Devido ao grande descolamento de pele, pode ser necessário o uso de drenos de sucção contínua. A sondagem vesical é para maior conforto do paciente e deve permanecer apenas durante o primeiro dia da internação, logo após a cirurgia. O curativo foi simplificado de sobremaneira com o uso de colas ou sistemas de fechamento cutâneo tipo Dermabond ® Prineo ® . A necessidade de troca de curativo em uma incisão de extensão longa com a da plástica de abdômen pode gerar desconforto para as pacientes.

Orienta-se o uso de malha de compressão elástica na região abdominal para combater o edema, meias e medicação para profilaxia de fenômenos trombo-embólicos e a adoção de uma postura levemente fletida (tronco se mantém levemente encurvado) para diminuir a tensão na incisão cirúrgica. Em algumas situações o uso da malha pode ser postergado até uma maior segurança da viabilidade da pele.
No pós-operatório recomenda-se um acompanhamento especializado com fisioterapeuta para a realização de sessões de drenagem linfática. Este procedimento traz grande conforto e diminui o edema do pós-operatório. O uso de aparelhos pode ajudar muito mas sua indicação tem que ser com muita cautela. É comum alterações de sensibilidade e o uso de calor como na radiofrequência pode provocar resultados desastrosos.

As atividades corriqueiras são retomadas gradualmente, a partir da segunda semana já se está apta a retornar a maior parte delas. Atividades esportivas devem ser evitadas por pelo menos 45 dias, principalmente as que aumentem a tensão na musculatura abdominal ou que tensione a pele do abdômen.

Complicações

O paciente ex-obeso e pós-bariátrica, principalmente aos que se submeteram ao by-pass estão mais propensos a flacidez cutânea precoce. Acredita-se que isso possa a ser devido a um déficit de algum nutriente específico. Outra particularidade é a grande incidência de seroma no pós-operatório. Essas são as principais complicações específicas.

As complicações são infrequentes e usualmente de pequena importância. Na fase aguda pode ocorrer deiscência da sutura, hematoma, seroma, infecção. As complicações tromboembólicas são evitadas por meios físicos (meia, deambulação precoce, etc.) e por medicação. As cicatrizes, dependendo de cada paciente podem se tornar hipertrófica (queloide) ou hipercrômicas (escuras).

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Cirurgião Plástico
em Fortaleza

Dr. Giovanni Martins

RQE 2627 - CREMEC 6225

Dr. Giovanni Bezerra Martins é Cirurgião Geral e Plástico, e foi Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Regional Ceará no Biênio 2018-19.
  • Curso Superior de Medicina: UFC – Universidade Federal do Ceará;
  • Membro Especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica: Congresso Brasileiro em São Paulo em 2001;

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